quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Paraty é logo ali - Flip 2010

Depois de um bom tempo sem passar por aqui, voltei! E pretendo não demorar taaaanto a voltar...

Como o último post foi sobre a Flip, começarei falando sobre o evento. A edição 2010 da Feira Literária Internacional de Paraty foi marcada por muitas coisas boas. Apesar do friiiiiiiiiio absurdo, Nanda e eu assistimos cinco mesas, autografamos todos os livros que compramos (sim, somos tietes!), conhecemos alambiques (hmmm delícia!), e eu ainda dei um tchibum em uma das quatro cachoeiras que conhecemos.

Acampamos num camping ótimo! Pertinho do centro histórico e o melhor: em frente à praia! A cidade, uma das mais antigas do Brasil, é mesmo um charme. Sem contar a culinária... conhecemos restaurantes maravilhosos e também apreciamos drinks diferentes.

O tema abordado neste ano tem tudo a ver com a minha profissão: o futuro do livro e o legado de Gilberto Freyre. O historiador e diretor da biblioteca da Universidade de Harvard Robert Darnton e o renomado escritor britânico Peter Burke debateram os novos formatos digitais para a distribuição e venda de livros.

Das mesas que presenciei, jamais esquecerei a simpatia de Patrícia Melo, autora cuja qual eu conheci nas aulas de português da Facha, depois de ler os contos de Rubem Fonseca. Ela dividiu a mesa com a norte-americana Lionel Shriver, que na verdade se chama Margaret. Elas falaram sobre violência, maldade e maternidade.

Isabel Allende também foi ótima! Divertida, simples, direta... ela arrancou gargalhadas da plateia ao contar um pouco de sua vida. Autora do best-seller “A casa dos espíritos” (que eu comprei e autografei), a chilena - sobrinha do presidente deposto após o golpe militar de 1973 no Chile Salvador Allende - lançou seu novo livro, “A ilha sob o mar” (que eu comprei, autografei e dei de presente pro Léo).

Pertinho do camping, numa subidinha de leve, visitamos um forte com um visual absurdo. Sentamos na pedra à beira mar, conversamos, fofocamos e, é claro, tiramos muitas fotos, hehe. Vale muito a pena!

No passeio que fizemos nos horários que não tínhamos mesa, passamos pelo Caminho do Ouro - uma estrada ainda muito bem preservada construída pelos escravos entre os séculos XVII e XIX, que ligava Rio, São Paulo e Minas Gerais. Em frente ao início desta estrada tem a igreja de Nossa Senhora da Penha, sempre no alto de uma pedra. Paisagem belíssima!

Entramos em duas fazendas que produzem cachaça artesanal. Além da degustação, aprendemos todo o processo de feitura da "caninha", que é muito interessante. Desde o início do processo, com a cana de açúcar, até a fermentação e o armazenamento em toneis de madeira de lei - que faz toda a diferença.

Passamos por quatro cachoeiras - e eu só consegui entrar em uma pq tava um frio danado - uma ponte igual a do "Rio que Cai", vimos um esquilo muito simpático e finalizamos numa exposição de orquídeas - simplesmente sensacional!!!!!

Outro ponto alto dessa viagem foi o passeio de barco. Depois de dias gélidos - pra dormir e tomar banho foi complicadíssimo - Deus nos presenteou com um dia de muito Sol - e olha que era o nosso último dia. O passeio de barco, como não podia ser diferente, foi fantástico! Altas fotos, altos mergulhos e novos amigos.

Voltamos para casa com o mochilão mais cheio do que imaginávamos!!! Muitos livros - eu comprei entre 8 e 10, muita cachaça - isso a Nanda comprou muito mais que eu, e muitas fotos para mostrar para os amigos.

Enfim, cada viagem que faço tenho mais vontade de viajar. Impressionante... depois coloco algumas fotos.